segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Espanha: faculdades ocupadas contra a aplicação do processo de Bolonha (Público)

Na ESCS, como em todas as faculdades do nosso país, os cursos superiores sofreram enormes alterações nos últimos dois anos. O Processo de Bolonha foi-nos imposto, sem qualquer discussão e com toda a impunidade. Em Espanha não está a ser assim tão fácil...
A notícia (adaptada) é do Público.

"Ao som da palavra de ordem “avalancha” os estudantes em Espanha têm ocupado nas últimas semanas várias faculdades e exigem que seja aberto o debate em torno do Processo de Bolonha.

É difícil saber ao certo quantas faculdades estão encerradas, porque o número de estudantes em luta e os edíficios ocupados aumenta a cada dia que passa. Pelas salas e corredores, há sacos-cama e colchões prontos a servir de camas improvisadas às centenas de estudantes que aí têm passado a noite.

Hoje, numa carta ao Governo espanhol, os reitores das cinco universidades afectadas afirmaram que este “não é um fenómeno passageiro” e acrescentam “o movimento anti-Bolonha não está a desvanecer-se, senão a crescer e pode ter consequências imprevisíveis”.

As acções de protesto contra a Declaração de Bolonha, assinada em 1999 por 29 países, não são de agora. Um pouco por toda a Europa, incluindo Portugal, as vozes contra o modelo têm-se ouvido mas com intensidades diferentes. Sob o lema de facilitar a homologação de títulos no sistema universitário europeu e a mobilidade de alunos e professores, a implementação do projecto tem sido sempre apresentada como inevitável para a modernização das instituições de Ensino Superior.

No entanto, os estudantes espanhóis recusam-se a pensar da mesma maneira. Os alunos argumentam que o processo vai conduzir à privatização das Universidades; ao aumento das propinas – com a necessidade de fazer pós-graduações e mestrados, face à redução dos anos de licenciatura –; e que muitos cursos estão mesmo em risco de acabar, uma vez que a rentabilidade (em termos de emprego e investigação) passa a ser definida pelas necessidades do mercado."

Para conhecer e reflectir sobre o Processo de Bolonha

Vídeo sobre os protestos em Espanha

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

5ª feira, tertúlia sobre jornalismo de investigação

É com imenso prazer que a Youth Press Portugal celebra a sua 10ª Tertúlia do Jornalismo.

Jornalismo de Investigação em Portugal
com os jornalistas Paulo Moura (Público) e Ricardo Fonseca (Visão)

Local: Sindicato dos Jornalistas, perto da saída do metro Baixa-Chiado

Hora: 21h30

Entrada livre!
Vem Tertuliar Connosco!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Amanhã, diz não ao Orçamento de Estado!

Amanhã, 4ª feira, o Orçamento de Estado para 2009 vai ser aprovado na Assembleia da República pela maioria do Partido Socialista.
Os estudantes vão manifestar-se contra o sub-financiamento do Ensino Superior e contra a situação de ruptura financeira em que se encontram várias universidades do país.
11h - manifestação em frente à Assembleia da República
14h - acção de protesto simbólico em frente à reitoria da Universidade de Lisboa: "Vem de luto à abertura do ano académico!"
Aparece!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Vem aí o Orçamento de Estado para 2009!


"O Ensino Superior vai ser a grande aposta do governo para o próximo ano". "Depois de vários anos de desinvestimento, finalmente as verbas vão ser aumentadas." Assim prometia Mariano Gago há alguns meses.
_
O Orçamento de Estado para 2009 vai ser aprovado esta 4ª feira na Assembleia da República. Dia trágico para o ensino superior! Segundo o governo, o investimento nas universidades aumenta de facto 8%. Mas se subtraírmos o aumento das despesas, também imposto pelo governo, os números são um pouco... diferentes.
_
A Universidade de Lisboa (UL), com um aumento real de 2%, está a beira da bancarrota. O Senado da UL já disse que a situação é "dramática" e acusou o governo de estar a comercializar o ensino. Mas não é a única: metade das universidades públicas portuguesas está em ruptura financeira. Não sabem como pagar os salários de Dezembro.
_
O nosso IPL também vai receber um aumento de apenas 2% (menor do que a inflação!), o que vai agravar os já difíceis problemas financeiros. Ainda no ano passado os professores da ESCS estiveram em risco de ficar sem receber.
_
Já o ISCTE, que iniciou o caminho da privatização através da passagem a "Fundação Pública de Direito Privado", será abençoado com um aumento de 23% nas verbas.
_
Sobretudo desde 2005, tem havido cortes atrás de cortes no ensino superior. Hoje, o Estado portugês gasta por aluno metade da média da União Europeia. Mas calma: para compensar as nossas propinas são três vezes mais altas.
_
Impõem-nos este caminho em que as universidades, sem dinheiro, se vão tornando em empresas de venda de canudos. Mas nós queremos um ensino superior público, de qualidade e acessivel a qualquer pessoa, independentemente do dinheiro que possa ter nos bolsos. Por isso exigimos mais investimento do Estado. E não vamos aceitar este orçamento!
_
A Farpa vai recolher assinaturas para um abaixo-assinado que foi elaborado por todas a associações de estudantes da UL, para ser entregue na Assembleia da República. Esta 3ª feira à hora de almoço estamos pelo refeitório e pelos bares. Contamos com a tua participação!
_
A Farpa
Se formos apenas mais uma escola, seremos uma escola a mais.

Debate na Nova!


O desinvestimento público no ensino superior denunciado...


terça-feira, 4 de novembro de 2008

Esta 4ª feira, levanta-te pelo jornalismo!



O Sindicato dos Jornalistas convida todos os profissionais e estudantes a participar num debate-tertúlia sobre as condições do exercício da profissão, esta 4ª feira, pelas 21 horas. O sociólogo José Rebelo (ISCTE) fará uma intervenção sobre o perfil sociológico dos jornalistas portugueses.
O debate insere-se na campanha “Stand up for Journalism”, que mobiliza milhares de jornalistas em toda a Europa.
-
4ª feira, 5 de Novembro, às 21h
Sede do Sindicato dos Jornalistas
Rua dos Duques de Bragança, 7 – E – Lisboa
(perto da saída do metro Baixa-Chiado)
-
Em debate:
- O Jornalismo está em transformação. Quem o transforma – os jornalistas ou as empresas?
- Dizem que o paradigma mudou. Quem o mudou – o mercado ou os cidadãos?
- Dizem que a legislação laboral é rígida. Quem pensa e age como no tempo da Revolução Industrial – os patrões ou os trabalhadores?
- Dizem que há liberdade de emprego. Quem manda na liberdade?
- Os jovens não têm emprego e os seniores são expulsos das redacções. Quem ganha com a disputa intergeracional pelo posto de trabalho?
- Precariedade no Jornalismo: o que ganham as empresas e o que perdem os cidadãos.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Luta de almofadas!

Pillow fight: dia 1 de Novembro!

Está agendada uma batalha de almofadas para Sábado, dia 1 de Novembro às 17:00, na Alameda Afonso Henriques em Lisboa, no relvado da
Fonte Luminosa! Aparece e divulga!

Para mais informações consulta o blog oficial!
[Iniciativa da "improvlisboa"]

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Casamento homossexual chumbado na Assembleia da República



No dia em que a proposta de "Os Verdes" e do Bloco de Esquerda foi chumbada na Assembleia da República, pelo PS e os partidos da direita, um grupo de activistas encenou dois casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Vídeo realizado por Catarina Leal e Margarida Madureira.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Hoje e amanhã: a diversidade na universidade!


Frase do dia...

“Pensamento que não age, ou é aborto ou é traição.”

Fernando Rosas, durante o debate sobre o Maio de ’68 na ESCS, citando Romain Rolland.

Debate sobre o Maio de ‘68



Na semana passada a biblioteca da ESCS acolheu professores e alunos para assistir a mais um debate: comemorou-se, também cá na escola, o Maio de ’68.

Há precisamente 40 anos, as ruas por toda a França estavam repletas de gente – voavam pedras, ideias e sonhos. Uma rebelião que começou nas Universidades e a que se juntaram dois terços de todos os trabalhadores daquele país de Norte a Sul paralisado.
40 anos depois, discutiram-se na ESCS as revoltas estudantis nas nossas universidades e o impacto do Maio de ’68 em Portugal.

João Paulo Avelãs Nunes, professor e investigador da Universidade de Coimbra, fez uma contextualização do movimento estudantil durante o Estado Novo. Traçou-se o perfil de uma Universidade reservada às classes dominantes, tradicionalmente apoiantes do regime, mas em que, durante toda a ditadura, não houve um só ano em que não se tenha dado uma revolta estudantil significativa.

Foi no entanto nos anos 60 e 70, com a emergência dos grupos de estudantes católicos progressistas e com a radicalização e multiplicação de ideias à esquerda (por exemplo maoistas), que o movimento estudantil antifascista mais força alcançou.

Fernando Rosas, historiador e deputado da Assembleia da República, partilhou a experiência de quem não só estudou, mas viveu e participou nas revoltas estudantis da altura.
A revolta de Maio de ’68 – que então acompanhavam por exemplo na casa de um dos estudantes, discutindo e escutando os discursos revolucionários através de cassetes que alguém conseguira trazer de França – só teve impacto em Portugal um ano depois.

Em 69 deram-se as grandes revoltas estudantis em Lisboa e sobretudo em Coimbra, por uma Universidade nova e democrática, contra a ditadura e a guerra colonial. Mas havia uma grande diferença em relação ao Maio francês: aqui o objectivo passava claramente pelo derrube do fascismo e a tomada do poder.
A discussão alargou-se aos alunos, que intervieram e interrogaram os convidados. Falou-se da apropriação do Maio de ‘68 pelas várias correntes políticas, das mudanças concretas que este acontecimento trouxe à sociedade, do movimento estudantil actual, num contexto de grandes reformas e de injustiças sociais crescentes e da necessidade de não se deixar de organizar acções como este debate.

Vários professores, incluindo os três membros do conselho directivo, também não deixaram de marcar presença na biblioteca. Uma moderação exemplar coube a Maria Inácia Rezola, professora da ESCS, que, por sua vez, louvou a iniciativa da Cultra e d’A Farpa.

O nosso obrigado agora aos oradores, à Cultra, ao conselho directivo, ao gabcom, às funcionárias da biblioteca e a todos os que vieram assistir ao debate!

“Se formos apenas mais uma escola, seremos uma escola a mais”

A carta aberta ao Presidente da República

Na semana passada, quebrámos o protocolo.

Aproveitando a visita de Cavaco Silva à ESCS, decidimos entregar-lhe uma carta aberta. Tínhamos recentemente escutado a preocupação do Presidente em relação à falta de interesse dos jovens pela política, preocupação que partilhamos e que nos sensibilizou. No entanto, tínhamos de questionar o Presidente sobre a coerência das suas palavras, tendo em conta as decisões políticas que tem tomado desde que iniciou o mandato, sobretudo a promulgação das reformas de Bolonha e do novo regime jurídico do Ensino Superior. Em todas encontramos incentivos à não participação dos jovens na escola e na sociedade.

Naturalmente, explicámos a nossa acção a todos os jornalistas presentes, o que lhe deu alguma projecção noticiosa. Pena que tenham decidido pegar apenas na questão das propinas (que na carta surge em jeito de introdução) e não tanto nas actuais reformas do ensino superior.
_

"A iniciativa prosseguiu pela Escola Superior de Educação de Lisboa, onde um grupo de estudantes entregou partilhar da preocupação do Presidente com a falta de interesse dos jovens
pela política. O documento lembrava também que tinha sido Cavaco, enquanto primeiro-ministro, a introduzir o sistema de propinas, "contributo maior para o ensino superior profundamente elitizado". Mas as causas da "maior revolta" dos estudantes são o Processo de Bolonha e o novo regime jurídico das instituições de ensino superior."
in Público, 20/5/2008
_
"Propinas foram ideia de Cavaco, lembram alunos
Estudantes entregaram manifesto a PR e acusam-no de «profunda incoerência»"
_
"Estudantes entregam manifesto recordando que Cavaco Silva introduziu pagamentos de propinas
Estudantes da Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa entregaram hoje um manifesto ao Presidente da República em que recordam que foi Cavaco Silva, enquanto primeiro-ministro, quem «introduziu as propinas», contribuindo assim para um ensino superior «elitizado»"
in Sol

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Carta Aberta ao Presidente da República, Dr. Cavaco Silva

"Benfica, 19 de Maio de 2008
Exmo. Sr. Presidente,

Somos um grupo de estudantes da Escola Superior de Comunicação Social e, tal como a V. Exa., preocupa-nos a falta de interesse dos jovens pela política. Consideramos que a juventude é uma altura da vida imperdível para a cidadania activa e a sensibilização para causas sociais e políticas. Por outro lado, consideramos a Universidade um espaço ímpar de formação de indivíduos activos e interessados, e de reflexão sobre a sociedade.

Recordando os dez anos em que foi chefe de governo – em que introduziu o pagamento de propinas, contributo maior para o ensino superior profundamente elitizado que continuamos a ter, e em que recorreu à carga policial sobre estudantes – podíamos questionar a coerência política da recente preocupação de V. Exa. Mas mais: enquanto Presidente da República, V. Exa. tem tomado decisões que são, a nosso ver, de uma profunda incoerência com o discurso que proclamou no 25 de Abril, e que tanto respeito e concordância nos merece.

Na semana passada teve um encontro com juventudes partidárias, mas decidiu excluir vários movimentos e organizações juvenis particularmente participativos na sociedade e na política portuguesa nos últimos anos. Há duas semanas, promulgou um Tratado de Lisboa que, sabemo-lo, escapou à discussão e à participação directa dos jovens e da sociedade através da aprovação no Parlamento, quebrando uma promessa eleitoral.

Mas são a reforma de Bolonha e o novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, por V. Exa. promulgados, que nos causam maior revolta.

Ambas as refomas são um claro e portentoso incentivo à não participação dos jovens. Não só foram aprovadas à revelia dos estudantes, através de uma indisfarçável fuga à discussão pública e ao envolvimento da comunidade académica, como traçam um caminho inequívoco para um ensino superior submisso aos interesses do mercado.

Os planos curriculares de Bolonha, respondendo a uma necessidade directa do mercado de trabalho europeu, conduzem a um ensino cada vez mais uniformizado e estritamente “profissionalizante”, onde o espaço crítico e a qualidade ficam postos em causa.

O exemplo da nossa escola, que hoje vem visitar, é paradigmático: cadeiras importantes sobre política e sobre a contemporaneidade, que apelam a reflexão cívica, desapareceram dos currículos ou foram dramaticamente reduzidas.

O novo Regime Jurídico agudiza este problema, aproximando ainda mais as universidades das empresas, quer pela possibilidade de passagem a fundações de direito privado, quer pela entrada de “personalidades externas” para a gestão da escola.
Mas o mais gritante é a bestial redução da representação dos estudantes nos órgãos de gestão. Como podemos criticar a falta de interesse dos jovens e ao mesmo tempo retirar-lhes a simples possibilidade de participar na sua própria escola? E, ironia!, quando a gestão democrática da Universidade até foi uma das grandes conquistas de Abril!

O estudo que encomendou mostra o desinteresse dos jovens em relação à política nacional e internacional. Nós dizemos-lhe mais: a maioria dos estudantes não sabe sequer que tem órgãos de gestão na sua própria faculdade nos quais pode participar activamente.

É incontornável: uma democracia que se sustenta numa população desinteressada e alheada das decisões é uma verdadeira falácia democrática. Enquanto estudantes universitários atentos e participativos, clamamos por uma Universidade livre de interesses empresariais, que promova a reflexão e a participação cívica, que seja tanto democrática quanto promotora da democracia.

Acreditamos que em última instância é ao Presidente da República, enquanto figura máxima do país, que cabe assegurá-la. Costuma dizer o povo “menos conversa e mais trabalho”. E aqui, sabemo-lo, muito trabalho há a ser feito.

Cordialmente,

A Farpa"

“Se formos apenas mais uma escola, seremos uma escola a mais”

quinta-feira, 15 de maio de 2008

40 anos depois, a rebelião chega à ESCS


Maria Inácia Rezola, Fernando Rosas e João Paulo Avelãs Nunes trazem à ESCS aquele que foi um dos principais movimentos revolucionários do nosso tempo. "Maio, maduro Maio", um debate sobre o Maio de '68.

É já na 3ª feira. Contamos contigo!

sábado, 10 de maio de 2008

A ecologia na escola ou a escola da estupidez

A ecologia está na ordem do dia. O Al Gore fez um filme sobre alterações climáticas e é Prémio Nobel. O Rock in Rio, a Ben and Jerry’s e todo o tipo de multinacionais fazem uma autopromoção bestial promovendo a consciência ambiental. Até a AEESCS organizou há tempos uma Semana Verde na escola. Mas vamos ao que interessa: alguma destas coisas tem mudado os nossos hábitos?

O bar da nossa escola mostra-nos que não. Todos os dias amontoam-se às dezenas os copos de plástico pelo bar. Um copo de plástico, um pouquinho de água, um golo e zut! – mais um copo para o lixo! Até os cafés tendem a ser servidos em copos de plástico em vez de chávenas... Por outro lado, passou a utilizar-se desmesuradamente o “saquinho de papel”. Por cada bolo que sai, um saco de papel vai para o lixo. Impera o desperdício! Ora, não há muito tempo, os copos eram de vidro e os bolos eram servidos em loiça. Não há muito tempo, ainda reinava o bom senso. Na ESCS, o caminho percorre-se para trás.

Mas fosse o bar o nosso pior mal!

Foi há pouco mais de um ano que quem se passeava pelos corredores da escola notou uma notável inovação: baldes de reciclagem, aos magotes, intermináveis, por toda a parte! O súbito milagre da multiplicação dos baldes de reciclagem veio pôr a nu um dado preocupante: até ali as mais de 1000 pessoas que todos os dias partilham o edifício mais vistoso da 2ª circular não separavam as centenas de quilos de lixo que produziam diariamente.

Mas nós éramos capazes de melhor. Mesmo com tal milagre, conseguimos continuar a não fazer qualquer tipo de reciclagem! Dia após dia, na ESCS, repete-se o mesmo elogio da estupidez: durante o dia, o lixo é separado pelos 3 recipientes; depois, ao cair da noite, é novamente reunido e lançado no contentor normal. Há mais de um ano que, dia após dia, a mesmíssima coisa se repete.

E começando pelo conselho directivo, quase toda a escola sabe disto! Será mesmo complicado separar o lixo? Exigirá tamanha destreza motora? Há crianças giríssimas em anúncios de televisão que não parecem ter grande dificuldade.



Haja ecologia! Haja bom senso! Fica o apelo: ao conselho directivo, à Servilimpe, à empresa que gere os bares. Se as crianças conseguem, nós também somos capazes! Vamos lá fazer um esforço?

“Se formos apenas mais uma escola, seremos uma escola a mais.”

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Amanhã é dia do trabalhador!

Manifestação da CGTP para Lisboa

10:00

Corrida Internacional 1º Maio (15Km)

Partida e Chegada ao Estádio 1º de Maio, percorrendo as principais artérias da Cidade de Lisboa;


14:00

Concentração com desfile – do Martim Moniz até à Alameda D. Afonso Henriques


Alameda D. Afonso Henriques

Intervenção Sindical

Animação Cultural; Bares e Bazares sindicais

MAYDAY!!

13:00
Pic-nic, concertos e animações no Largo Camões;
O mayday junta-se ao desfile da cgtp no Martim Moniz e seguem marcha juntos até à Alameda!

Mais informações:
CGTP
MAYDAY

O Dia do Trabalhador

Em 1886, os sindicatos convocaram uma greve geral para o dia 1 de Maio. A classe trabalhadora norte-americana parou as máquinas e encheu as ruas para reivindicar a redução da jornada para as oito horas. Contudo, em Chicago, onde as condições de trabalho eram mais duras que no resto do país, as mobilizações continuaram. Para furar a greve, os proprietários da única empresa em laboração, a fábrica de maquinaria agrícola McCormik, contrataram operários /amarelos/. Mas a resposta não se fez esperar. A ofensiva patronal foi prontamente contestada por milhares de trabalhadores que se lançaram no confronto físico com os fura-greves. É então que a polícia, sem avisar, assassina seis operários e provoca dezenas de feridos.

(1º de Maio de 1974 em Portugal)

A revolta apodera-se do movimento operário que apela à mobilização para uma manifestação no dia seguinte na praça Haymarket. O apelo, que aqui reproduzimos, reflecte a radicalização dos trabalhadores face à repressão sofrida. "Trabalhadores: a guerra de classes começou. Ontem, em frente à fábrica McCormik, fuzilaram operários. O seu sangue pede vingança! Quem poderá duvidar agora de que os chacais que nos governam estão ávidos de sangue trabalhador? Mas os trabalhadores não são um rebanho de carneiros. Ao terror branco respondamos com o terror vermelho! É preferível a morte que a miséria. Se se fuzila os trabalhadores, respondamos de tal forma que os amos o recordem por muito tempo. É a necessidade que nos faz gritar: Às armas! Ontem, as mulheres e os filhos dos pobres choravam os seus maridos e os seus pais fuzilados, enquanto que nos palácios dos ricos se enchiam copos de vinho caro e se bebia à saúde dos bandidos da ordem...Secai as vossas lágrimas, vós que sofreis! Tende coragem, escravos! Levantai-vos!".

No dia seguinte, concentram-se na praça Haymarket mais de 20 mil trabalhadores. Apesar da tensão, o protesto é pacífico. Às 21.30, o presidente da Câmara Municipal dá o acto de protesto por terminado mas os operários não abandonam o local. A polícia lança-se sobre eles e reprime duramente os manifestantes. Como resposta, rebenta uma bomba que mata e fere polícias. Desata, então, o tiroteio policial que levou à morte de dezenas de pessoas. Nos dias seguintes, o movimento sindical é perseguido e reprimido. Três trabalhadores são condenados à prisão e cinco à morte por enforcamento.



Apesar disso, uma boa parte dos trabalhadores conquista as oito horas. O sucesso da luta provou que a unidade operária é fundamental para a transformação económica e social. Milhares de trabalhadores aderem aos sindicatos que gozam de grande prestígio e, três anos depois, em 1889, o Congresso da II Internacional marca manifestações anuais em todos os países, a cada 1 de Maio, pela jornada de trabalho de oito horas. Anos depois, a II Internacional proclama o Primeiro de Maio como o dia internacional de reivindicação de melhores condições laborais. A França e a União Soviética foram os dois primeiros países a estabelecer um feriado para este dia, o que só veio a acontecer em Portugal a partir de 1974. Durante a ditadura fascista, as manifestações não eram permitidas mas, ainda assim, milhares de trabalhadores arriscaram saindo às ruas para comemorar o dia internacional do trabalhadores e exigir o fim do fascismo.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Participação no 25 de Abril

"Zeca, obrigaram-nos a vir para a rua gritar"

A Farpa meteu o nariz no desfile comemorativo do 25 de Abril. Em conjunto com outros estudantes universitários gritámos por um ensino acessível a todos, por uma acção social mais justa, pela autonomia das escolas e por uma formação crítica e de cidadania nas Instituições de Ensino:
"A escola é p'ra formar, não é p'ra formatar!"

Fica uma fotografia, roubada ao blog do muda.


quarta-feira, 23 de abril de 2008

Todos ao 25 de Abril!

# Abril de 1974...
- Perante uma Universidade quase reservada às classes privilegiadas, tomaram-se medidas urgentes para assegurar o direito è educação, garantindo que todos tenham acesso aos níveis superiores de ensino.
- Abriu-se caminho para uma das mais progressistas constituições da Europa, que ainda diz, preto no branco: o Estado deve “garantir a todos os cidadãos o acesso aos graus mais elevados do ensino” e “estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino”.
- As formas autoritárias de governo das escolas foram substituídas por orgãos onde todos -professores, investigadores, estudantes e funcionários – têm voz e poder de decisão.
- Estabeleceu-se que o trabalho teórico do ensino superior deve contribuir para a formação de uma cultura progressista.
_
# Abril de 2008...
- O Estado investe cada vez menos no ensino superior. Cada vez se paga mais para estudar. Cada vez mais as universidades procuram o lucro e se abrem aos interesses empresariais.
- Bolonha impôs dois graus de ensino. Hoje, só quem tem dinheiro pode fazer uma licenciatura. Só quem tem muito dinheiro pode fazer um mestrado.
- Um novo Regime Jurídico reduziu drásticamente a representação dos estudantes na gestão da escola. Os funcionários deixaram de estar representados. Além disto, o Regime deixa que empresários entrem nas Instituições de Ensino, decidam que conhecimentos são mais importantes e definam cursos de “primeira classe” e “segunda classe”;
- Muitos professores trabalham em condições precárias. O ensino é cada vez menos crítico e de menor qualidade.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O fim dos jornais?

A Associação de Jovens Jornalistas deixa o convite para a 6ª Tertúlia do Jornalismo:

“Pela segunda vez em 64 anos, a edição do vespertino francês Le Monde esteve ausente das bancas. Os sindicatos protestam contra o plano de reestruturação da empresa, que prevê o despedimento de 130 trabalhadores, e temem pela independência do jornal de referência. Por cá, os diários generalistas voltaram a perder leitores no primeiro trimestre do ano. A industria da imprensa está mergulhana num cenário de depressão. Associada à perda de leitores, assiste-se a uma quebra nas receitas publicitárias. Vários grupos de comunicação olham agora a Internet como tábua de salvação. O fim dos jornais está próximo?


Convidámos:

Miguel Martins, Editor de Multimédia do Expresso
Francisco Almeida Leite, Jornalista do DN e autor do blog Corta-Fitas
André Rodrigues, administrador TVNET

a estarem presentes na nossa Tertúlia no dia 22 de Abril pelas 21h30 na sede do Sindicato dos Jornalistas em Lisboa! (Rua dos Duques de Bragança nº7 , metro Baixa-Chiado)
Participa tu também, a entrada é livre!
Até lá!

Mais alguns dados para reter:

No mercado norte-americano, a edição de 2008 do The State of the News Media indica perdas anuais de 2,5% na circulação da imprensa;

Diários portugueses perdem em média dez mil exemplares por ano desde 2003

120% é o crescimento esperado para o investimento publicitário on-line, este ano, em Portugal

O número de leitores de informação aumentou, mas os jornais vendem cada vez menos

domingo, 30 de março de 2008

Estudantes contra Bolonha



Há uns meses, os alunos de Comunicação Social da Universidade do Minho mostraram a sua posição quanto ao Processo de Bolonha. E chamaram a atenção para problemas que nos dizem respeito a todos:

As licenciaturas de 3 anos são cada vez menos reconhecidas no mercado de trabalho, não nos permitem por exemplo dar aulas, o que nos obriga a seguir pelo mestrado para ter o mesmo reconhecimento que nos era dado pelas licenciaturas antigas. Na Universidade do Minho, as propinas do mestrado são muito mais altas que as da licenciatura, e para o ano deixará de haver bolsas.

É profundamente injusto e elitista que os mestrados sejam ainda mais caros do que as licenciaturas e que possam ser discriminados na acção social. No entanto, é o que está a acontecer em cada vez mais faculdades.

Para já, na ESCS o mestrado está longe de ser acessível a todos os alunos, devido às vagas limitadas e à procura por parte de alunos de fora da ESCS, mas ainda custa o mesmo que a licenciatura.



No início deste mês foi a vez de os estudantes espanhóis, por todo o país, exigirem a revogação da Ley Orgánica de Universidades (LOU) e das restantes leis que implementam o Processo de Bolonha. Só em Barcelona estiveram 10 000 alunos nas ruas.

fonte: AGIR (Universidade do Minho)

quinta-feira, 27 de março de 2008

Maio de 68, 40 anos depois - Colóquio Internacional em Lisboa


"Maio de 1968. Em Paris anuncia-se o início de uma luta prolongada. Quatro décadas depois, este colóquio internacional reúne um conjunto de reputados intelectuais cujas investigações permitiram voltar a olhar para 1968 nas suas mais variadas dimensões. Levando o debate mais além das repetidas alusões ao cariz geracional e estudantil da revolta, mapeando 1968 para lá das fronteiras da França, o colóquio confronta a importância de 1968 na emergência de novas subjectividades políticas, analisa a dimensão de luta de classes que atravessa o período e discute a persistência de Maio'68 nos conflitos políticos contemporâneos."

quarta-feira, 26 de março de 2008

Planos para esta sexta?

Aos jovens professores, jovens funcionários, trabalhadores-estudantes, estagiários, alunos solidários e ex-alunos da ESCS:

terça-feira, 25 de março de 2008

Expresso: jornalista a recibos verdes pede regularização da situação e é dispensada


Comunicado da Comissão de Trabalhadores do Expresso:

A Comissão de Trabalhadores tomou conhecimento das circunstâncias em que a nossa camarada Isabel de Oliveira, jornalista da política, foi dispensada (de respeitar hierarquias e cumprir agenda), terça-feira à tarde, por decisão do director do jornal.

O motivo alegado foi a quebra de lealdade para com a direcção e o editor da área. Em causa está o envio de uma carta à administração, na qual Isabel Oliveira expôs o seu caso e pediu a regularização da sua situação.

A jornalista em causa, paga através de recibos verdes há pelo menos oito anos, tinha uma área atribuída (fazia a cobertura do Bloco de Esquerda) e estava integrada na agenda da redacção.

Questionou, por diversas vezes, a não regularização da sua situação, isto é, a integração no quadro da empresa, a última das quais através de uma carta enviada à administração do jornal.

A Comissão de Trabalhadores considera que, no caso em apreço, Isabel Oliveira já deveria ter sido integrada no quadro. A sua situação foi, por diversas vezes, abordada nas reuniões entre a CT e a Administração. Nunca foi afastada a hipótese de integração no quadro, apenas adiada.

A dispensa da jornalista é, na opinião da CT, uma situação inaceitável e porque diz respeito a todos os trabalhadores, convocamos o Plenário de Trabalhadores para dia 18, terça-feira, às 15 horas, no anfiteatro da empresa.

Expresso, 12/03/2008

Entretanto o director do Expresso, Henrique Monteiro, reagiu ao DN afirmando que a carta enviada por Isabel de Oliveira directamente à administração "foi de uma deslealdade total para com a direcção e para com o editor" de política.

O Sindicato dos Jornalistas está a prestar "apoio jurídico e sindical no sentido de que este despedimento seja anulado e de que a jornalista regresse à redacção", como explicou Alfredo Maia, presidente do SJ, também ao DN.

terça-feira, 18 de março de 2008

Os Professores e o Ensino

No sábado passado estiveram 100 mil professores nas ruas. Agora terminou uma semana de luto nas escolas. Nunca na nossa História uma única classe profissional se mobilizara assim.
(foto de Raúl Alexandre)
Fala-se sobretudo do ensino básico e secundário. E no ensino superior, tudo está bem com os professores?

O processo de Bolonha foi-nos imposto, e à pressa. Mas trazia uma ou outra ideia interessante: "A responsabilidade pela aprendizagem é tanto do professor como do aluno, como da Escola. O contacto aluno/professor tem de aumentar substancialmente, através de trabalho de acompanhamento e tutoria, com uma distribuição regular ao longo do período escolar."

Na ESCS, como noutras faculdades, aconteceu o contrário: com Bolonha os professores têm agora ainda menos tempo para qualquer tipo de acompanhamento. Por outro lado, o trabalho do professor aumenta, mas o estatuto da carreira docente não é revisto, e desprotege cada vez mais os professores.

No mês passado, o presidento do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) denunciou ao Jornal de Negócios os direitos que estão a ser violados: cargas horárias que são ultrapassadas, a não concessão de licenças sabáticas (dispensa da actividade docente para o desenvolvimento profissional dos professores), professores que veêm multiplicado o número de disciplinas que têm de leccionar para lá do que seria aconselhável do ponto de vista pedagógico. E dispara: "nos institutos politécnicos há muitos docentes que têm vínculos absolutamente precários, com contratos anuais, de seis ou três meses em alguns casos, ao longo de anos."


Nós não só nos solidarizamos com os problemas dos professores, como também os sentimos na educação que recebemos.

Na ESCS, o próprio conselho directivo reconhece-o, quase todos os professores estão neste momento encostados ao limite máximo de horas de trabalho. Qualquer iniciativa que saia do estrito horário das aulas e que envolva professores (como os cursos livres) está absolutamente limitada. Está limitada a própria vida e dinamismo na escola.

E mesmo que não esteja posto em causa o funcionamento normal das aulas, temos de questionar se não o estará a qualidade do ensino que se pratica. Haverá condições e tempo suficiente para preparar as aulas? Para corrigir testes e trabalhos? Acima de tudo, para acompanhar o trabalho e o progresso dos alunos? Cada aluno da ESCS o sabe: não há. Tudo ao contrário da proposta de Bolonha.Na ESCS, também o sabemos, há por vezes professores que "servem" para dar todo o tipo de cadeiras, um pouco conforme der jeito.

Na ESCS há muitos professores com contratos de trabalho anuais, que não sabem se no ano seguinte terão trabalho.

Como chegámos até aqui? Para o Presidente do SNESup, a causa da "doença" que hoje existe nos ensino superior é só uma: os "cortes orçamentais brutais" por parte do governo. Na ESCS, o conselho directivo também o reconhece: nos últimos anos as verbas do Estado não aumentaram pouco, nem estagnaram - elas diminuiram, 30%!

A asfixia financeira está a deteriorar as condições de trabalho dos nossos professores e a qualidade do nosso ensino. Vai empurrando as faculdades para a procura de lucro próprio e para as parcerias com as empresas, por um lado, e para a diminuição do investimento, por outro.

Está em jogo a vida das pessoas que dão aulas na escola. Mas também está em jogo a qualidade e a independência do ensino superior, tal como a possibilidade de todos lhe poderem aceder.

Estudantes e professores devem partilhar problemas e preocupações. Juntos, devemos lutar contra a precarização do trabalho. Juntos, devemos lutar por maior investimento na educação - por um ensino superior público, justo e de qualidade!

"Se formos apenas mais uma escola, seremos uma escola a mais."


Entrevista (muito interessante) de Paulo Peixoto ao Diário de Negócios

sábado, 23 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

COMUNICADO

Nós, estudantes da Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa reunidos em Assembleia Geral, elaborámos este documento, fruto da ponderação e discussão dos estudantes sobre a implementação do Processo de Bolonha e do Regime Juridico da Institutições de Ensino Superior (RJIES).

Este documento aborda diversos pontos da mudança que está a decorrer no Ensino Superior português, e por consequência na Escola Superior de Comunicação Social e no Instituto Politécnico de Lisboa, e espelham as nossas principais preocupações. Por isso decidimos apresentá-lo em comunicado à comunidade académica em geral e enviá-lo para as diversas instâncias competentes e com responsabilidades na condução das politicas sobre Ensino Superior.

Assim:

Ponto Um: condenamos a forma como o RJIES foi apresentado, discutido e aprovado por este governo: com o minimo de discussão e sem explicações à comunidade académica em geral;

Ponto Dois: defendemos uma escola pública de qualidade e por isso é com grande preocupação que vimos contemplada a possibilidade de as Instituições de Ensino Superior passarem a adquirir a personalidade juridica fundacional de direito privado;

Ponto Três: rejeitamos a redução da representatividade dos estudantes na gestão das Instituições de Ensino Superior. Defendemos maior e melhor representatividade e com uma quota de pelo menos 1/3 de estudantes no Conselho Geral;

Ponto Quatro: questionamos a inclusão de personalidades externas na gestão das Instituições de Ensino Superior e rejeitamos a sua excessiva presença, desproporcional ao número de estudantes e funcionários. Estamos ainda contra a possibilidade de estas personalidades poderem presidir às Instituições de Ensino Superior;

Ponto Cinco: defendemos uma acção social mais abrangente e mais justa e não consideramos que os sistemas de empréstimos bancários para os estudantes sejam uma solução para o acesso e frequência de um curso do Ensino Superior;
Ponto Seis: defendemos um debate alargado sobre o RJIES e exigimos a revisão do quadro legal existente – Regime Juridico das Instituições de Ensino Superior - que sustenta toda a matéria afecta ao pontos mencionados.

Por último, ficou ainda aprovado em Assembleia Geral de Alunos que este comunicado seria afixado nos placares disponibilizados pela Associação de Estudantes, enviado para os corpos de gestão da ESCS, bem como para outras entidades externas à nossa Escola Superior.

Sem outro assunto de momento e agradecendo toda a atenção dispensada,

os estudantes presentes em Assembleia Geral de Alunos no dia dezoito de dezembro de dois mil e sete no Auditório da Escola Superior de Comunicação Social

A Farpa e o Comunicado

Era antiga a vontade d'A Farpa de convocar uma Assembleia Geral de Alunos (AGA) para se discutir e para se tomar uma posição em nome de todos os estudantes da ESCS sobre o novo RJIES. No entanto, e porque sabemos que o desconhecimento sobre o tema é geral, queriamos promover primeiro uma campanha de informação, com debates e panfletos, por exemplo, e só depois reunir todos os alunos em AGA para tomar uma posição.

Em Dezembro, no entanto, a (antiga) AE marcou uma AGA para falar do RJIES, sem que houvesse tempo para sensibilizar os estudantes para o assunto nem para divulgar a AGA. Colocámos então os textos sobre o RJIES aqui no blog e escrevemos uma proposta de tomada de posição dos estudantes para apresentar.

Surpresa: chegados à AGA, afinal nada de RJIES. A Farpa teve de propôr a alteração da ordem de trabalhos para que houvesse o esperado espaço de discussão. Propusémos a nossa tomada de posição ponto por ponto, a qual foi discutida e aprovada com pequenas alterações. O texto, a que a Mesa da Assembleia forneceu a escrita burocrático-chata, é o que está afixado junto ao bar, e que divulgamos no nosso blog.

Decidimos na AGA enviar o comunicado para todo o lado e mais algum: Conselho Directivo, IPL, partidos, etc, etc. Agora inteirámo-nos da situação e descobrimos que nem a Mesa nem a AE enviaram o texto para lado algum. Para que serve tomar uma posição se ninguém souber que a tomámos? A nova Mesa e a AE comprometeram-se connosco a fazê-lo esta semana.

Problema: -por uma lado o desconhecimento ainda é muito: os alunos da ESCS tomaram uma posição oficial sobre algo que ainda poucos conhecem; -por outro, até porque não houve qualquer divulgação da AGA, fomos apenas cerca de 20 alunos a aprovar a tomada de posição.

Temos no entanto uma convicção: quantos mais fossemos naquela AGA, mais seriamos a concordar e a perceber a importância desta posição.

Foi das raríssimas vezes na história da nossa escola em que nós, estudantes, tomámos uma posição sobre uma política do governo que nos prejudica. É uma vitória inegável. Falta continuar a divulgar. Falta cada estudante da ESCS ter noção daquilo que não quer: uma lei que fere o Ensino Superior Público e que tira a voz aos estudantes na gestão da escola!

"Se formos apenas mais uma escola, seremos uma escola a mais."

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

domingo, 13 de janeiro de 2008

A Farpa e a AE

No próximo dia 15, 3ª feira, vão decorrer as eleições para a Associação de Estudantes da ESCS. É uma altura particularmente delicada, se pensarmos que até ao final deste ano lectivo vão deixar a escola imensos alunos do 4º (que vai deixar de existir) e do 3º ano: aqueles que estão mais familiarizados com a escola. Uma novidade que o Processo de Bolonha nos trouxe é esta, a de termos a sensação de deixarmos a escola mal cá entramos...!

Saudamos pois os estudantes da lista k, a única lista candidata, por esta iniciativa. Também nós apelamos a todos os estudantes da ESCS para que nesta 3ª feira vão votar. Apoiem a lista candidata ou votem em branco, mas não deixem de pôr aquele papelinho no caixote de cartão – trata-se de participar na construção da escola!

O grupo de estudantes que neste momento constitui A Farpa não tem condições para se candidatar à AE por ser maioritariamente constituído por alunos finalistas. Mas esperamos crescer.

Em parte, A Farpa surge precisamente do desencanto com a triste realidade das sucessivas associações de estudantes da nossa escola. Enquanto ela se mantiver, encontraremos sem dificuldade o nosso espaço e o nosso papel aparte da AE. Abrimos um espaço alternativo de reflexão e de intervenção, e convidamos todos os alunos da ESCS a vir conhecê-lo.

Num mundo que nos ensina que pensar custa, a nós custa-nos não pensar no mundo. Perante a apatia impregnada dentro destas paredes brancas, queremos pensar, debater e transformar. E conquistamos legitimidade a cada farpa lançada. Os nossos meios são as nossas mãos!

“Se formos apenas mais uma escola, seremos uma escola a mais.”

Associação de Estudantes

sábado, 12 de janeiro de 2008

O papel de uma AE

O papel das Associações de Estudantes (AAEE) é demasiado importante para ser menorizado. Ao longo da história, representaram o que há de melhor entre nós: o espírito crítico, a acção unitária e a intervenção social e política. Contudo, não é essa a imagem que transparecem nos dias de hoje. Está tão longe, por exemplo, a memória dos dirigentes associativos que, com a massa estudantil, enfrentaram o fascismo em Coimbra, como está a dos que tiveram de enfrentar Cavaco Silva e as hordas policiais para derrotar a aplicação de propinas no ensino superior público. A imagem que, hoje, temos das AAEE é a de que são comissões de festas.

Mas não. O tronco fundamental de uma Associação de Estudantes (AE) é a intervenção académica e é aí que deve residir o núcleo central da sua actividade. A gestão de actividades de lazer para os estudantes é importante. No entanto, não são elas que nos esclarecem ou nos fazem intervir sobre políticas governamentais injustas como o aumento das propinas ou sobre a gestão que a escola faz do dinheiro que recebe. Se representar, efectivamente, a maioria dos estudantes, a AE será uma arma poderosa na defesa dos nossos interesses, capaz de fazer recuar governos e conselhos directivos. O passado provou-o.

No momento em que vivemos, o governo não investe no ensino superior público: asfixia-o economicamente, promovendo o investimento privado. Para isso aprovou o Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior, que prevê a passagem das instituições e universidades para instituições de direito privado. Neste sentido, agravam-se as propinas e reduz-se a acção social, afastando os estudantes mais carenciados do ensino superior. Para reduzir a contestação e limitar a nossa intervenção nos órgãos de decisão, pretendem diminuir o número de representantes dos alunos face aos professores. Este é o momento em que as AAEE devem assumir o seu papel histórico de defesa dos nossos direitos.

Na ESCS, as sucessivas direcções associativas têm optado por menorizar a importância da intervenção académica. São, geralmente, compostas por grupos de amigos que pautam a sua actividade por três ou quatro momentos de lazer mais visíveis. No resto do ano, mantêm-se distantes da massa estudantil, espantam-se com a falta de participação nas Assembleias Gerais de Alunos e justificam-na com o desinteresse dos mesmos - como se não fosse a principal responsável por ele. Com raras excepções, a intervenção académica não passa de reuniões com o Conselho Directivo, de encontros com outras AAEE e de emissões de comunicados.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Tertúlia

Olá! A Youth Press Portugal - Associação de Jovens Jornalistas, tem o prazer de te convidar para a sua 4ª Tertúlia do Jornalismo, já nesta 4ª feira! Participa e divulga!

"A Precariedade no Jornalismo"
Qual é a realidade e qual o futuro dos jovens jornalistas em Portugal?
O jornalismo precário é uma ameaça à democracia?


esta 4ª feira (9 de Janeiro)
20h30 no Espaço do MCE na Capela do Rato
Cç Bento da Rocha Cabral 1B, junto ao Largo do Rato (ver mapa)

Convidados:
Óscar Mascarenhas - Esteve ligado ao Sindicato dos Jornalistas, onde ocupou cargos como Vice-presidente e presidente do Conselho Deontológico. É professor de Ética e Deontologia do Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. Dirigiu estágios curriculares no DN, e fá-lo agora na agência Lusa.

Pedro Rodrigues - Jornalista, fundou o movimento Precários Inflexíveis, contra a precariedade laboral.

João Pacheco - Venceu o Prémio Gazeta Revelação 2006 e dedicou-o a todos os jornalistas precários. Colabora com a revista Visão. Também é fundador dos Precário Inflexíveis.

Contactos: youthpressportugal@gmail.com / 96 4366575 (Francisco Pedro)

Contamos contigo!!