quarta-feira, 30 de abril de 2008

Amanhã é dia do trabalhador!

Manifestação da CGTP para Lisboa

10:00

Corrida Internacional 1º Maio (15Km)

Partida e Chegada ao Estádio 1º de Maio, percorrendo as principais artérias da Cidade de Lisboa;


14:00

Concentração com desfile – do Martim Moniz até à Alameda D. Afonso Henriques


Alameda D. Afonso Henriques

Intervenção Sindical

Animação Cultural; Bares e Bazares sindicais

MAYDAY!!

13:00
Pic-nic, concertos e animações no Largo Camões;
O mayday junta-se ao desfile da cgtp no Martim Moniz e seguem marcha juntos até à Alameda!

Mais informações:
CGTP
MAYDAY

O Dia do Trabalhador

Em 1886, os sindicatos convocaram uma greve geral para o dia 1 de Maio. A classe trabalhadora norte-americana parou as máquinas e encheu as ruas para reivindicar a redução da jornada para as oito horas. Contudo, em Chicago, onde as condições de trabalho eram mais duras que no resto do país, as mobilizações continuaram. Para furar a greve, os proprietários da única empresa em laboração, a fábrica de maquinaria agrícola McCormik, contrataram operários /amarelos/. Mas a resposta não se fez esperar. A ofensiva patronal foi prontamente contestada por milhares de trabalhadores que se lançaram no confronto físico com os fura-greves. É então que a polícia, sem avisar, assassina seis operários e provoca dezenas de feridos.

(1º de Maio de 1974 em Portugal)

A revolta apodera-se do movimento operário que apela à mobilização para uma manifestação no dia seguinte na praça Haymarket. O apelo, que aqui reproduzimos, reflecte a radicalização dos trabalhadores face à repressão sofrida. "Trabalhadores: a guerra de classes começou. Ontem, em frente à fábrica McCormik, fuzilaram operários. O seu sangue pede vingança! Quem poderá duvidar agora de que os chacais que nos governam estão ávidos de sangue trabalhador? Mas os trabalhadores não são um rebanho de carneiros. Ao terror branco respondamos com o terror vermelho! É preferível a morte que a miséria. Se se fuzila os trabalhadores, respondamos de tal forma que os amos o recordem por muito tempo. É a necessidade que nos faz gritar: Às armas! Ontem, as mulheres e os filhos dos pobres choravam os seus maridos e os seus pais fuzilados, enquanto que nos palácios dos ricos se enchiam copos de vinho caro e se bebia à saúde dos bandidos da ordem...Secai as vossas lágrimas, vós que sofreis! Tende coragem, escravos! Levantai-vos!".

No dia seguinte, concentram-se na praça Haymarket mais de 20 mil trabalhadores. Apesar da tensão, o protesto é pacífico. Às 21.30, o presidente da Câmara Municipal dá o acto de protesto por terminado mas os operários não abandonam o local. A polícia lança-se sobre eles e reprime duramente os manifestantes. Como resposta, rebenta uma bomba que mata e fere polícias. Desata, então, o tiroteio policial que levou à morte de dezenas de pessoas. Nos dias seguintes, o movimento sindical é perseguido e reprimido. Três trabalhadores são condenados à prisão e cinco à morte por enforcamento.



Apesar disso, uma boa parte dos trabalhadores conquista as oito horas. O sucesso da luta provou que a unidade operária é fundamental para a transformação económica e social. Milhares de trabalhadores aderem aos sindicatos que gozam de grande prestígio e, três anos depois, em 1889, o Congresso da II Internacional marca manifestações anuais em todos os países, a cada 1 de Maio, pela jornada de trabalho de oito horas. Anos depois, a II Internacional proclama o Primeiro de Maio como o dia internacional de reivindicação de melhores condições laborais. A França e a União Soviética foram os dois primeiros países a estabelecer um feriado para este dia, o que só veio a acontecer em Portugal a partir de 1974. Durante a ditadura fascista, as manifestações não eram permitidas mas, ainda assim, milhares de trabalhadores arriscaram saindo às ruas para comemorar o dia internacional do trabalhadores e exigir o fim do fascismo.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Participação no 25 de Abril

"Zeca, obrigaram-nos a vir para a rua gritar"

A Farpa meteu o nariz no desfile comemorativo do 25 de Abril. Em conjunto com outros estudantes universitários gritámos por um ensino acessível a todos, por uma acção social mais justa, pela autonomia das escolas e por uma formação crítica e de cidadania nas Instituições de Ensino:
"A escola é p'ra formar, não é p'ra formatar!"

Fica uma fotografia, roubada ao blog do muda.


quarta-feira, 23 de abril de 2008

Todos ao 25 de Abril!

# Abril de 1974...
- Perante uma Universidade quase reservada às classes privilegiadas, tomaram-se medidas urgentes para assegurar o direito è educação, garantindo que todos tenham acesso aos níveis superiores de ensino.
- Abriu-se caminho para uma das mais progressistas constituições da Europa, que ainda diz, preto no branco: o Estado deve “garantir a todos os cidadãos o acesso aos graus mais elevados do ensino” e “estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino”.
- As formas autoritárias de governo das escolas foram substituídas por orgãos onde todos -professores, investigadores, estudantes e funcionários – têm voz e poder de decisão.
- Estabeleceu-se que o trabalho teórico do ensino superior deve contribuir para a formação de uma cultura progressista.
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# Abril de 2008...
- O Estado investe cada vez menos no ensino superior. Cada vez se paga mais para estudar. Cada vez mais as universidades procuram o lucro e se abrem aos interesses empresariais.
- Bolonha impôs dois graus de ensino. Hoje, só quem tem dinheiro pode fazer uma licenciatura. Só quem tem muito dinheiro pode fazer um mestrado.
- Um novo Regime Jurídico reduziu drásticamente a representação dos estudantes na gestão da escola. Os funcionários deixaram de estar representados. Além disto, o Regime deixa que empresários entrem nas Instituições de Ensino, decidam que conhecimentos são mais importantes e definam cursos de “primeira classe” e “segunda classe”;
- Muitos professores trabalham em condições precárias. O ensino é cada vez menos crítico e de menor qualidade.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O fim dos jornais?

A Associação de Jovens Jornalistas deixa o convite para a 6ª Tertúlia do Jornalismo:

“Pela segunda vez em 64 anos, a edição do vespertino francês Le Monde esteve ausente das bancas. Os sindicatos protestam contra o plano de reestruturação da empresa, que prevê o despedimento de 130 trabalhadores, e temem pela independência do jornal de referência. Por cá, os diários generalistas voltaram a perder leitores no primeiro trimestre do ano. A industria da imprensa está mergulhana num cenário de depressão. Associada à perda de leitores, assiste-se a uma quebra nas receitas publicitárias. Vários grupos de comunicação olham agora a Internet como tábua de salvação. O fim dos jornais está próximo?


Convidámos:

Miguel Martins, Editor de Multimédia do Expresso
Francisco Almeida Leite, Jornalista do DN e autor do blog Corta-Fitas
André Rodrigues, administrador TVNET

a estarem presentes na nossa Tertúlia no dia 22 de Abril pelas 21h30 na sede do Sindicato dos Jornalistas em Lisboa! (Rua dos Duques de Bragança nº7 , metro Baixa-Chiado)
Participa tu também, a entrada é livre!
Até lá!

Mais alguns dados para reter:

No mercado norte-americano, a edição de 2008 do The State of the News Media indica perdas anuais de 2,5% na circulação da imprensa;

Diários portugueses perdem em média dez mil exemplares por ano desde 2003

120% é o crescimento esperado para o investimento publicitário on-line, este ano, em Portugal

O número de leitores de informação aumentou, mas os jornais vendem cada vez menos