O papel das Associações de Estudantes (AAEE) é demasiado importante para ser menorizado. Ao longo da história, representaram o que há de melhor entre nós: o espírito crítico, a acção unitária e a intervenção social e política. Contudo, não é essa a imagem que transparecem nos dias de hoje. Está tão longe, por exemplo, a memória dos dirigentes associativos que, com a massa estudantil, enfrentaram o fascismo em Coimbra, como está a dos que tiveram de enfrentar Cavaco Silva e as hordas policiais para derrotar a aplicação de propinas no ensino superior público. A imagem que, hoje, temos das AAEE é a de que são comissões de festas.
Mas não. O tronco fundamental de uma Associação de Estudantes (AE) é a intervenção académica e é aí que deve residir o núcleo central da sua actividade. A gestão de actividades de lazer para os estudantes é importante. No entanto, não são elas que nos esclarecem ou nos fazem intervir sobre políticas governamentais injustas como o aumento das propinas ou sobre a gestão que a escola faz do dinheiro que recebe. Se representar, efectivamente, a maioria dos estudantes, a AE será uma arma poderosa na defesa dos nossos interesses, capaz de fazer recuar governos e conselhos directivos. O passado provou-o.
No momento em que vivemos, o governo não investe no ensino superior público: asfixia-o economicamente, promovendo o investimento privado. Para isso aprovou o Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior, que prevê a passagem das instituições e universidades para instituições de direito privado. Neste sentido, agravam-se as propinas e reduz-se a acção social, afastando os estudantes mais carenciados do ensino superior. Para reduzir a contestação e limitar a nossa intervenção nos órgãos de decisão, pretendem diminuir o número de representantes dos alunos face aos professores. Este é o momento em que as AAEE devem assumir o seu papel histórico de defesa dos nossos direitos.
Na ESCS, as sucessivas direcções associativas têm optado por menorizar a importância da intervenção académica. São, geralmente, compostas por grupos de amigos que pautam a sua actividade por três ou quatro momentos de lazer mais visíveis. No resto do ano, mantêm-se distantes da massa estudantil, espantam-se com a falta de participação nas Assembleias Gerais de Alunos e justificam-na com o desinteresse dos mesmos - como se não fosse a principal responsável por ele. Com raras excepções, a intervenção académica não passa de reuniões com o Conselho Directivo, de encontros com outras AAEE e de emissões de comunicados.
Mas não. O tronco fundamental de uma Associação de Estudantes (AE) é a intervenção académica e é aí que deve residir o núcleo central da sua actividade. A gestão de actividades de lazer para os estudantes é importante. No entanto, não são elas que nos esclarecem ou nos fazem intervir sobre políticas governamentais injustas como o aumento das propinas ou sobre a gestão que a escola faz do dinheiro que recebe. Se representar, efectivamente, a maioria dos estudantes, a AE será uma arma poderosa na defesa dos nossos interesses, capaz de fazer recuar governos e conselhos directivos. O passado provou-o.
No momento em que vivemos, o governo não investe no ensino superior público: asfixia-o economicamente, promovendo o investimento privado. Para isso aprovou o Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior, que prevê a passagem das instituições e universidades para instituições de direito privado. Neste sentido, agravam-se as propinas e reduz-se a acção social, afastando os estudantes mais carenciados do ensino superior. Para reduzir a contestação e limitar a nossa intervenção nos órgãos de decisão, pretendem diminuir o número de representantes dos alunos face aos professores. Este é o momento em que as AAEE devem assumir o seu papel histórico de defesa dos nossos direitos.
Na ESCS, as sucessivas direcções associativas têm optado por menorizar a importância da intervenção académica. São, geralmente, compostas por grupos de amigos que pautam a sua actividade por três ou quatro momentos de lazer mais visíveis. No resto do ano, mantêm-se distantes da massa estudantil, espantam-se com a falta de participação nas Assembleias Gerais de Alunos e justificam-na com o desinteresse dos mesmos - como se não fosse a principal responsável por ele. Com raras excepções, a intervenção académica não passa de reuniões com o Conselho Directivo, de encontros com outras AAEE e de emissões de comunicados.
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